This content originally appeared on DEV Community and was authored by Kauê Matos
Ah, o Java! Essa linguagem que tem sido a espinha dorsal de tantos sistemas empresariais, apps mobile e até jogos desde os anos 90. Se você é desenvolvedor, provavelmente já ouviu falar que o Java 25 foi lançado recentemente, em 16 de setembro de 2025, pela Oracle e pela comunidade OpenJDK. E o melhor? É uma versão de Long-Term Support (LTS), o que significa que ela vai receber atualizações e suporte por anos a fio – perfeita para projetos que precisam de estabilidade sem dor de cabeça constante com upgrades.
Eu me aprofundei nas novidades dessa release, e vou te contar tudo aqui de forma descontraída, como se estivéssemos batendo um papo sobre código em um café. Vamos dividir em partes: o que mudou na linguagem em si, nas bibliotecas, na performance, segurança e ferramentas de monitoramento. No total, são 18 JDK Enhancement Proposals (JEPs) que trazem melhorias reais, focando em tornar o Java mais moderno, eficiente e amigável para cenários como IA, computação paralela e desenvolvimento rápido.
Por Que o Java 25 Importa?
Antes de mergulharmos nos detalhes técnicos, vamos contextualizar. O Java tem evoluído a passos largos desde que adotou releases semestrais em 2018. O Java 25 segue o Java 21 (outra LTS) e traz refinamentos do que vimos em versões anteriores, como previews que agora estão mais maduras. Se você está migrando de uma versão mais antiga, como o Java 17 ou 11, vai notar ganhos em produtividade – código mais conciso, menos boilerplate e otimizações que economizam tempo e recursos.
Uma coisa legal é o foco em iniciantes: features como arquivos fonte compactos facilitam o “hello world” sem toda aquela cerimônia de classes públicas. Para os pros, há avanços em concorrência e vetores, ideais para apps de machine learning ou big data. E, claro, com o mundo cada vez mais preocupado com performance e segurança, o Java 25 não decepciona.
Melhorias na Linguagem: Tornando o Código Mais Elegante
O Java sempre foi criticado por ser verboso, mas as JEPs aqui mostram que a linguagem está se adaptando. Imagine escrever menos linhas sem perder clareza – é isso que essas novidades trazem.
Tipos Primitivos em Patterns, Instanceof e Switch (JEP 507, Terceira Preview): Agora, você pode usar ints, floats e outros primitivos diretamente em pattern matching. Por exemplo, em um switch, em vez de wrappers como Integer, vai direto ao ponto. É uma preview ainda, mas já ajuda a limpar código bagunçado.
Declarações de Import de Módulos (JEP 511, Preview): Importar todos os pacotes de um módulo de uma vez? Sim! Isso simplifica o uso de bibliotecas modulares sem forçar você a modularizar tudo. Ótimo para projetos híbridos.
Arquivos Fonte Compactos e Métodos Main de Instância (JEP 512): Para quem está aprendendo ou prototipando, isso é ouro. Escreva um programa em um único arquivo sem “public class” ou “static void main”. Comece simples e expanda depois – super intuitivo.
Corpos de Construtores Flexíveis (JEP 513): Antes, você tinha que chamar super() ou this() logo no início do construtor. Agora, pode rodar código antes, como validações ou inicializações. Reduz erros e torna os objetos mais seguros desde o nascimento.
Essas mudanças fazem o Java se sentir mais como linguagens modernas, tipo Kotlin ou Swift, sem perder sua essência robusta.
Bibliotecas e APIs: Potência para Apps Modernos
Aqui é onde o Java brilha para tarefas complexas, como processamento paralelo ou IA.
Concorrência Estruturada (JEP 505, Quinta Preview): Trata grupos de tarefas em threads como uma unidade só. Facilita lidar com erros e cancelamentos – pense em apps web ou ETLs onde tudo precisa rodar em harmonia.
Valores com Escopo (JEP 506, Quinta Preview, Finalizada): Compartilhe dados imutáveis entre threads de forma eficiente, melhor que ThreadLocal. Perfeito para virtual threads, que o Java ama ultimamente.
Valores Estáveis (JEP 502, Preview): Objetos imutáveis tratados como constantes pelo JVM, otimizando performance. Útil para apps que precisam de startup rápido.
API de Vetores (JEP 508, Décima Incubadora): Para computações vetoriais em CPUs modernas. Acelera operações matemáticas, como em modelos de IA, compilando para instruções nativas.
Segurança e Criptografia: Preparando para o Futuro
Com ameaças cibernéticas em alta, o Java 25 reforça as defesas.
Codificações PEM para Objetos Criptográficos (JEP 470, Preview): API simples para lidar com chaves e certificados em formato PEM – integra fácil com ferramentas externas.
API de Funções de Derivação de Chaves (JEP 510, Finalizada): Suporte a KDFs como Argon2. Essencial para cripto pós-quântica, derivando chaves seguras de segredos.
Performance e Otimizações: Mais Rápido, Mais Leve
Ninguém gosta de apps lentos ou que comem memória. Essas JEPs cortam gorduras.
Headers de Objetos Compactos (JEP 519): Reduz o tamanho dos headers de objetos no JVM, economizando heap. Desabilitado por default, mas teste – pode cortar uso de memória em apps grandes.
Ergonomia de Ahead-of-Time na Linha de Comando (JEP 514): Simplifica comandos para caches AOT, acelerando startups.
Profiling de Métodos Ahead-of-Time (JEP 515): Usa perfis de execuções passadas para otimizar JIT desde o início, reduzindo warmup.
Remoção da Porta 32-bit x86 (JEP 503): Adeus ao legado – foca em 64-bit, acelerando desenvolvimento futuro.
Monitoramento e Profiling: Olhos Abertos no Seu Código
O JDK Flight Recorder (JFR) ganha upgrades para debugging mais preciso.
Profiling de Tempo de CPU no JFR (JEP 509, Experimental): Captura tempos reais no Linux, ajudando a otimizar eficiência.
Amostragem Cooperativa no JFR (JEP 518): Amostra stacks sem viés, para perfis mais estáveis.
Timing e Tracing de Métodos no JFR (JEP 520): Identifique gargalos sem mexer no bytecode – via CLI ou API.
Shenandoah Geracional (JEP 521): Modo generational do GC Shenandoah agora é padrão, melhorando throughput e resiliência.
Outras Notinhas e Dicas Finais
Além das JEPs, há deprecações (como mais restrições no sun.misc.Unsafe) e suporte melhor a plataformas como Apple Silicon. Se você trabalha com IA, features como vetores e concorrência vão te ajudar a integrar modelos de machine learning mais suavemente.
Quer testar? Baixe no site oficial do JDK ou use ferramentas como o IntelliJ. Ative previews com –enable-preview e veja na prática. Se você é iniciante, comece com os arquivos compactos – vai mudar sua visão do Java!
No fim das contas, o Java 25 prova que a linguagem não está parada no tempo. Ela evolui para ser mais acessível, performática e segura, sem perder o que a torna confiável. O que você acha? Já experimentou alguma novidade? Me conte nos comentários (ou no X, se preferir). Até a próxima release!
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